Eu não tenho nenhum interesse em Charles Spencer Chaplin. O pequerrucho homem atrás das cameras é nada. Existiu, em algum ponto histórico. O que me interessa, o que movimentou o mundo foram os metros de película que esse homem gastou. Se era grande, se era mesquinho, se era nobre, se era tolo, não sei. Não sei se tenho interesse nisso. Sei disso, isso sim: a invenção está mais do que viva em filme. Existiu essa criatura fantástica, que habitou todos os seres humanos em algum ponto: o homem que insiste em ter dignidade em momentos em que era impossível tê-la. E é isso que importa. A dignidade.